Dia do Trabalhador: conheça a história por trás do feriado
Terça, 02 de Mai de 2023

Dia do Trabalhador: conheça a história por trás do feriado

Em diversos países, o Dia do Trabalhador é marcado por celebrações – e pela luta por direitos. Muito mais que um feriado, o 1º de maio é uma oportunidade de reconhecer o quão longe a classe trabalhadora já avançou no Brasil, sem esquecer de combater os estigmas e dar a justiça devida a todo trabalho digno. Nesse post, o Terra Vianna te guia pela história por trás da data e o quanto ainda falta para garantir os direitos trabalhistas dos brasileiros.

Origens

A origem do dia do trabalhador remonta ao século XIX, período marcado pela revolução industrial e pela exploração desumana dos trabalhadores nas fábricas. Nessa época, os trabalhadores eram submetidos a condições de trabalho insalubres, jornadas exaustivas e salários baixos. Além disso, não existiam leis trabalhistas que protegessem seus direitos.

Diante dessa situação, os trabalhadores começaram a se organizar e a lutar por melhores condições profissionais. Em 1º de maio de 1886, ocorreu uma grande manifestação em Chicago, nos Estados Unidos, que reuniu milhares de trabalhadores em protesto contra as más condições de trabalho nas fábricas. A manifestação acabou em confronto com a polícia e resultou na morte de vários trabalhadores.

Foi após esse episódio que os trabalhadores intensificaram a luta por seus direitos e a pressão para que os governos criassem leis para regulamentar as condições de trabalho. A luta dos trabalhadores se espalhou pelo mundo e, em 1891, a Segunda Internacional, organização que reunia partidos socialistas e trabalhistas, declarou o 1º de maio como o Dia Internacional do Trabalho.

O 1º de maio brasileiro

No Brasil, a ideia de ter um dia em homenagem aos trabalhadores começou a ser ventilada por volta de 1890, a partir do desenvolvimento acentuado da indústria nacional e do processo de êxodo rural, com migração para as cidades. Mais tarde, em 1917, a cidade de São Paulo chegou a sediar uma das maiores greves já registradas.

Mas foi somente em 1925 que o dia foi oficialmente instituído e considerado feriado, no governo Arthur Bernardes. Desde então, a data é comemorada todos os anos como uma homenagem aos trabalhadores brasileiros e como uma forma de lembrar a importância da luta pelos direitos trabalhistas, sendo com frequência palco de novos protestos e intensificação das atividades sindicais.

O que ainda falta?

Apesar dos avanços conquistados ao longo dos anos, ainda há muito a ser feito para garantir os direitos trabalhistas dos brasileiros. A informalidade, a precarização das relações trabalho e a persistência de situações de trabalho análogo à escravidão estão entre alguns dos principais problemas do país.

A falta de registro na Carteira de Trabalho – quando o trabalhador não é formalizado – é uma realidade para milhões de brasileiros, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2020, mais de 30 milhões de pessoas estavam nessa condição, trabalhando sem qualquer vínculo formal com o empregador, o que dificulta o acesso a direitos básicos como férias remuneradas, 13º salário e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Além disso, más condições de trabalho, como jornadas exaustivas e falta de segurança, são preocupação constante de sindicatos e associações de classe. Técnicos de enfermagem, por exemplo, estão entre os mais expostos a doenças ocupacionais e riscos de saúde, segundo dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, que leva em conta comunicações de acidente de trabalhadores com carteira assinada.

Resumindo

  • Origens do Dia do Trabalhador remontam ao século XIX, com luta por melhores condições de trabalho.
  • No Brasil, a data foi instituída em 1925, no governo Arthur Bernardes.
  • A informalidade, a precarização das relações trabalhistas e o trabalho análogo à escravidão ainda ameaçam a garantia de direitos dos trabalhadores.

 

 

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